sexta-feira, 27 de dezembro de 2019
O que são Ctenophora?
Marcadores:
Ctenophora,
Vídeo do Canal,
Youtube,
Zoologia
quarta-feira, 25 de dezembro de 2019
Uma lembrança de Natal
Há
um ano atrás fiz um post falando sobre esse período natalino. Suas origens e
modificações até a chegada nos dias de hoje. É um ótimo conteúdo.
Futuramente
transformarei esse texto em vídeo para o canal, porém enquanto isso fiquem com
a lembrança do texto original clicando aqui.
Até!
sexta-feira, 20 de dezembro de 2019
quarta-feira, 18 de dezembro de 2019
A maior religião do mundo em 2070: Islamismo
É
isso mesmo. De acordo com o Pew Research Center, em um estudo publicado em 2017, o Islamismo será a maior
religião do mundo em 2070, ultrapassando a maior religião atual, o
Cristianismo. Segundo o trabalho, o Islamismo é a religião que tem maior
crescimento demográfico, por conta da natalidade entre seus praticantes, e é a
religião que menos perde fieis, desse modo e nessa crescente será a maior de
todas as religiões.
Não
que eu ache isso um problema. Não tenho religião e não me importo com o
crescimento delas, mas por ser um aspecto cultural, relacionado intrinsecamente
à questão humana, nos faz refletir sobre vários aspectos. Por exemplo, existe
uma ideia, algo como senso comum, de que há “religiões certas” e normalmente
quem fala isso é aquela que detêm o poder e este é medido pela quantidade de
pessoas que a seguem. Ao se pensar nisso veremos uma mudança de paradigma no
futuro. O que hoje é a dita “verdadeira religião” ficará para trás e deixará a
liderança.
Que
outros aspectos serão influenciados por conta dessa mudança na quantidade de
seguidores dessas religiões ainda é motivo de discussão.
Segue
abaixo a porcentagem de seguidores das maiores religiões no mundo atualmente:
Cristianismo
– 28%
Islamismo
– 22%
Hinduísmo
– 15%
Budismo
– 8,5%
Sem
religião – 12%
Outros
– 14,5%
Até!
Marcadores:
Cristianismo,
História,
Islamismo,
Religião
sexta-feira, 13 de dezembro de 2019
quarta-feira, 11 de dezembro de 2019
O menor planeta anão do Sistema Solar
Hígia |
O
Observatório Europeu do Sul, utilizando seu sistema óptico SPHERE (Spectro-Polarimetric
High-contrast Exoplanet REsearch), montado no Very Large Telescope, observou em
outubro desse ano (2019) o que seria o menor planeta anão do Sistema Solar.
Trata-se
do até então asteroide esférico Hígia que se encontra no cinturão de asteroides
e é o quarto maior objeto da estrutura.
O
trabalho publicado no periódico Nature Astronomy apresenta pela primeira vez Hígia
com resolução boa o suficiente a ponto de melhor determinar sua forma, tamanho
e possíveis pontos de colisão com outros astros.
Para
os pesquisadores responsáveis pelo estudo, Hígia atende três dos quatro
requisitos para ser classificado como um planeta anão: 1) Possui órbita
circular em torno do Sol (isso só é possível por ter massa suficiente); 2) Não
é satélite de nenhum outro planeta; e 3) Não “limpou” o espaço ao redor de sua
órbita.
Hígia
tem diâmetro de 430 km, cerca de cinco vezes menor que o planeta anão mais
conhecido do nosso Sistema Solar, Plutão, que possui aproximadamente 2.400 km
de diâmetro.
Muitos
estudos serão necessário para realmente corroborar com a hipótese de Hígia ser
um planeta anão.
FONTES:
VERNAZZA,
P., JORDA, L., ŠEVEČEK, P. et al. 2019. A
basin-free spherical shape as an outcome of a giant impact on asteroid Hygiea. Nature
Astronomy. doi:10.1038/s41550-019-0915-8
Marcadores:
Asteroide Hígia,
Astronomia,
Planeta Anão,
Sistema Solar
sexta-feira, 6 de dezembro de 2019
Como reconhecer um animal peçonhento?
No vídeo mais recente do
canal (veja abaixo) falei sobre a diferença entre animais peçonhentos e
venenosos, uma dúvida bastante comum.
Quais as principais
espécies peçonhentas que ocorrem no Brasil? Vejamos.
1. Escorpiões
O táxon com as espécies
mais perigosas do Brasil desse grupo de animais é o gênero Tityus. Nesse
gênero temos:
Escorpião-amarelo (Tityus serrulatus) |
Escorpião-marrom (Tityus bahiensis) |
Escorpião-amarelo-do-nordeste (Tityus stigmurus) |
Escorpião-preto-da-Amazônia (Tityus obscurus) |
Estes animais inoculam
seu veneno através do ferrão presente no pós-abdome.
2. Cobras
As cobras peçonhentas
apresentam fosseta loreal que é um termorreceptor (exceto na Cobra Coral) e
cabeça triangular. As espécies abaixo são reconhecidas por apresentar manchas em "V" invertidas ao longo do seu corpo. São elas:
Jararaca (Bothrops jararaca) |
Urutu-Cruzeiro (Bothrops alternatus) |
Jararacuçu (Bothrops jararacussu) |
Jararacão ou Caiçara (Bothrops moojeni) |
São os dentes
canaliculados desses animais que são os responsáveis pela inoculação de seu
veneno.
3. Aranhas
Aranha Marrom (Loxosceles
sp): Essas aranhas de tamanho médio e com 6 olhos (ao contrário dos 8 que
geralmente estão presentes nos aracnídeos) são bastante perigosas e comuns.
Aranha Marrom (Loxosceles sp) |
Viúva-Negra (Latrodectus
mactans): Possuem coloração negra brilhante, mancha vermelha no
abdome e pernas afuniladas.
Viúva-Negra (Latrodectus mactans) |
Aranha Armadeira (Phoneutria
sp): Coloração em cinza a castanho, 8 olhos em três filas e pernas com faixas
pretas, essas aranhas são noturnas e bastante agressivas, conseguindo saltar
até 40 centímetros.
As aranhas injetam seu
veneno através das quelíceras, uma espécie de presa canaliculada que transporta
o seu veneno.
Aranha Armadeira (Phoneutria sp) |
4. Lacraias ou Centopeias
Esse grupo,
cientificamente conhecidos como Chilopoda, possuem uma garra de veneno, chamada
de Forcípula, por onde inocula seu veneno em suas presas.
O Ministério da Saúde
informa que a cada ano no Brasil ocorrem cerca de 100 mil acidentes com animais
peçonhentos. É de se ficar atento para evitar fazer parte dessa estatística.
Chilopoda |
Que outros animais você
acha que faltou nessa lista? Comente aí.
Até!
Marcadores:
Animal Peçonhento,
Animal Venenoso,
Vídeo do Canal,
Youtube,
Zoologia
quarta-feira, 4 de dezembro de 2019
Mapa global das minhocas
Onde
vivem as minhocas (Oligochaeta)? Ao escutar essa pergunta você logo pensaria: no solo. Certo,
você não está errado. Mas onde as minhocas ocorrem ao redor do mundo?
Foi
pensando nessa questão que 141 cientistas de 35 países reuniram informações
para produzir o primeiro mapa global sobre onde as minhocas vivem.
Esse
resultado foi publicado no periódico Science em outubro de 2019.
Sabe-se
que as minhocas são componentes chave das comunidades ecológicas edáficas (de
solo), os processos de decomposição e de ciclagem de nutrientes depende de sua
ação no meio ambiente, além da aeração do solo e produção de húmus que auxiliam
no crescimento vegetal. Sem elas não teríamos a produção vegetal que temos
atualmente.
Helen
Phillips e seus colaboradores contactaram o maior número possível de
pesquisadores ao redor do mundo e requisitaram informações sobre as minhocas de
seus países. Os pesquisadores encaminharam informações de mais de 7.000 locais pelo
mundo o que levou à produção do mapa.
O
mapa em si apresenta informações de distribuição da diversidade de minhocas,
abundância e biomassa. É possível concluir com esse produto que o clima influencia
os padrões de distribuição e que a presença ou ausência de determinadas
espécies de minhocas acarreta reações em cascata que levam a determinar tipos
de organismos edáficos que ocorreriam em certos locais, bem como as funções
daquele ecossistema.
Veja
abaixo os mapas com as informações levantadas (clique nas imagens para ampliá-las).
Quantidade de sítios de amostragem |
Número de espécies |
Abundância (indivíduos por m2) |
Biomassa (gramas por m2) |
Até!
FONTES:
PHILLIPS, H. R. P. et al.
2019. Global distribution of earthworm diversity. Science 366 (6464),
480-485. Doi: 10.1126/science.aax4851
https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Meio-Ambiente/noticia/2019/10/primeiro-mapa-global-de-minhocas-revela-os-lugares-que-elas-mais-habitam.html
Marcadores:
Mapa.,
Oligochaeta,
Science,
Zoologia
sexta-feira, 29 de novembro de 2019
quarta-feira, 27 de novembro de 2019
Frase (6)
“Grandes
coisas são obtidas à custa de grandes perigos”
(Heródoto)
Nossas
vidas são cheias de sonhos e de conquistas. Estamos sempre em busca de algo a
se alcançar. Vez por outra conquistamos certos objetivos, outros surgem e a
trajetória continua.
Mas
o caminho que se segue não é uma linha reta. A maioria das pessoas têm grande
dificuldade em conquistar seus objetivos.
Heródoto
é muito sábio em sua frase ao relacionar as conquistas com os percalços da
vida. Essa frase me fez lembrar, inclusive, da epígrafe que usei no meu TCC:
"Ensinamentos
obtidos sem sofrimento
São
desprovidos de valor
Uma
pessoa jamais consegue
Alguma
coisa sem sacrifício.”
(Fullmetal Alchemist – Capítulo 1)
Temos
que ter a sabedoria de esperar encontrar perigos ao longo da trajetória que nos
separa dos nossos objetivos.
Heródoto
foi um geógrafo e historiador grego, nascido em 484 a. C. em Halicarnasso,
atual Bodrum, Turquia, autor das conhecidas “As histórias de Heródoto” e por
tais feitos conhecido como o “pai da História”.
Fica
aqui mais essa frase para reflexão.
Até.
sexta-feira, 22 de novembro de 2019
Por que suamos?
Marcadores:
Fisiologia,
Suor,
Vídeo do Canal,
Youtube
sexta-feira, 8 de novembro de 2019
O que é Excreção?
Marcadores:
Excreção,
Fisiologia,
Metabolismo,
Vídeo,
Vídeo do Canal,
Youtube
segunda-feira, 4 de novembro de 2019
O Blog agora tem Canal no YouTube!
Marcadores:
Falando em Ciência,
Vídeo,
Vídeo do Canal,
Youtube
sexta-feira, 6 de setembro de 2019
Sidarta Gautama
Sidarta Gautama, mais conhecido como Buda,
o iluminado (ou aquele que despertou) foi um filósofo indiano que desafiou a
religião do Bramanismo, na época bastante distribuída pela região através das
escrituras Vedas, através do raciocínio filosófico.
Apesar de ser reverenciado, não é um
messias, nem um profeta. Não houve revelação divina, apenas análise filosófica.
Passou a se envolver com objetivo da vida
e procurou investigar o eu era felicidade, virtude e a vida correta.
Buda, seguia uma vida cheia de luxúria,
mas ele passou a ver tal comportamento tendo como resultado uma felicidade
transitória, também não considerava o ascetismo externo como a felicidade
plena. Assim, haviam três caminhos a percorrer na vida. Um seria da autoindulgência
e outro da automortificação, apenas o do caminho do meio levaria a uma
felicidade verdadeira ou iluminação.
Para Gautama deveríamos eliminar os
apegos, ou seja, os desejos, para evitar desapontamento e o sofrimento.
A causa para esses apegos seria nosso
egoísmo, de modo que para evitar a dor deveríamos eliminar o que desejamos e
quem o deseja: o “eu”.
O indivíduo é um ser transitório
constituinte de um todo maior e esse entendimento é a chave para abandonar o
apego e evitar o sofrimento.
As causas do sofrimento e o caminho da
felicidade seria possível seguindo as Quatro Nobres Verdades:
·
Sofrimento é
universal;
·
Desejo é a causa
do sofrimento
·
Sofrimento pode
ser evitado eliminando o desejo
·
Seguir o Caminho
Óctuplo (dharma) para eliminar o desejo.
Esse Caminho Óctuplo seria uma espécie de
código de ética para guiar a vida correta e felicidade. Além disso, essas
Quatro Nobres Verdades seriam uma forma de guiar o indivíduo pelo caminho do
meio.
O objetivo da vida, para Gautama, seria o
fim do ciclo de sofrimento, evitar o renascimento em outra vida de sofrimento,
para isso deveríamos seguir pelo caminho do meio.
Outro conceito bastante difundido pela
filosofia de Gautama é o Nirvana, que é atingido quando compreendemos o lugar
no “não eu”, ou seja, no universo que nos cerca. Esse Nirvana seria o “não
apego; “não ser”; ou “apagar-se”. Seria tornar-se uno com o universo e não uno
com uma divindade, isso seria algo que Gautama nunca mencionou.
Sidarta Gautama era um princípe da região
sul do atual Nepal (Lumbini em Kapilavastu), as datas de nascimento e morte são
incertas, alguns indicam que viveu entre 563 a. C. a 483 a. C. (essa última
data poderia ser 420 ou 503 a. C.).
As fontes primárias de informações sobre a
vida dele vem de textos budistas que são vários.
Sabe-se que aos 16 anos se casou com sua
prima Yashodhara, onde tiveram um filho, Rahula, porém desde tenra idade
Sidarta se perguntava sobre o sofrimento humano, tanto que seu pai impedia que
ele visse qualquer pessoa sofrendo. Mas chegou um momento em que veria o
sofrimento de perto, foi aí que sua mente mudou.
Aos 29 anos renunciou ao trono e passou a
viajar pela Índia, buscando uma resposta para o sofrimento, foi então que
atingiu a iluminação e passou a pregar e ensinar sua filosofia que ficaria conhecida
como Budismo.
No séc. I seus ensinamentos foram escritos
pela 1ª vez se espalhando ainda mais pela Índia, China e outros países
asiáticos, chegando a rivalizar com o Taoísmo e Confucionismo em número de
seguidores.
O Budismo chegou até mesmo no Império
Grego no séc. III a. C., mas teve pouca influência, apesar da similaridade com
a filosofia ocidental que enfatizava a razão para alcançar a felicidade.
Filósofos ocidentais mais modernos como
Hume e Schopenhauer também embasaram suas concepções na filosofia do Budismo.
Hoje tal filosofia também é vista como uma
religião, mas muitas pessoas se utilizam de seus ensinamentos para uma vida
melhor, mesmo não sendo budistas.
“A
mente é tudo. O que você pensa, você se torna”
(Sidarta Gautama)
Até!
FONTES:
O
Livro da Filosofia. 2011. Globo
Livros.
quarta-feira, 4 de setembro de 2019
O coração das cobras fica no final da cauda?
Essa
foi a pergunta que me fizeram hoje na aula. Pode parecer boba, mas, como sempre
digo, não há pergunta idiota, idiota é não perguntar. Então vamos às
considerações.
Em
várias localidades do interior do Brasil existe a lenda de que as cobras
possuem seu coração no final do corpo, por essa razão, as pessoas que se
deparam com esse tipo de animal, têm como reação espancar a região com o
objetivo de matá-la.
Não
sei de onde vem esse mito, talvez pelo fato de se imaginar que, como o animal
deve se alimentar engolindo suas presas inteiras, isso pode acarretar problemas
nos batimentos cardíacos, assim, um coração no final do corpo não passaria por
esse stress.
Essa
pergunta pode ser facilmente respondida ao se observar a anatomia interna de
uma serpente.
Heart = Coração |
Nesse
caso, observa-se que o coração das cobras fica localizado próximo aos pulmões,
em região homóloga a todos os outros vertebrados e não n final do corpo.
Os
batimentos cardíacos continuam a ocorrer durante a deglutição do alimento, não
acarretando nenhum problema fisiológico para a serpente.
Marcadores:
Serpentes,
Sistema Circulatório,
Zoologia
segunda-feira, 2 de setembro de 2019
Júpiter já engoliu um planeta!
Astrônomos
do Japão, China, Suíça e EUA concluíram que o planeta Júpiter, o maior planeta
do sistema solar, absorveu um planeta há 4,5 bilhões de anos atrás, durante a
sua e a formação do sistema solar como um todo.
Os
cientistas chegaram a essa conclusão utilizando dados da sonda espacial Juno
que estava analisando o núcleo do planeta e encontrou que o mesmo era difuso,
formado por rochas sólidas e bolhas de gás hidrogênio. Só para se ter uma ideia
o planeta é gasoso, mas possui em seu núcleo uma estrutura sólida.
Há
outras hipóteses para explicar o porquê do núcleo ser difuso, mas a hipótese do
impacto com outro planeta é a mais plausível de acordo com os cenários
desenhados pelos pesquisadores.
Ela
também corrobora com a ideia de que o nosso sistema solar durante sua formação era
caótico, cheio de impactos (vide as crateras da Lua, por exemplo), não só de asteroides,
mas de grandes corpos celestes. A Lua é um exemplo de corpo que surgiu de um
impacto de um planeta com a Terra.
O
estudo foi publicado na Nature e é muito interessante por nos possibilitar
voltar no tempo e imaginar como era essa região do cosmos.
Até!
FONTE:
LIU, S.-F.; HORI, Y.; MÜLLER,
S.; ZHENG, X.; HELLED, R.; LIN, D. & ISELLA, A. 2019. The Formation of
Jupiter’s diluted core by a giant impact. Nature 572, 355-357.
Marcadores:
Astronomia,
Júpiter,
Nature,
Sistema Solar
terça-feira, 27 de agosto de 2019
A Terra vem parando de girar
Sim, é isso mesmo: a Terra está
desacelerando. Mas não se assuste, são apenas milissegundos. Porém, é por conta
dessa curiosidade que vem ou outra vem à tona uma pergunta bastante capciosa: e
se a Terra parasse de girar?
Randall Munroe, em seu livro intitulado “E se...?” (“What if...?” no original) em que busca responder perguntas
absurdas, demonstra o cenário catastrófico que ocorreria caso isso viesse a
ocorrer. Recomendo a leitura.
Mas primeiro, você sabe a que velocidade a
Terra está se movimentando em torno do seu eixo? Ao nível do equador a Terra
atinge uma velocidade de rotação de impressionantes 1.667 km/h. Só não sentimos
a rotação devido a gravidade que nos prende ao solo, assim como por estarmos
girando junto com a Terra em um movimento inercial. Porém, essa velocidade nem
sempre foi constante desde a formação de nosso planeta.
É pouco, mas Terra vem parando de girar. O
nosso dia, há mais de 200 milhões de anos atrás, durava 21 horas, por exemplo. Foi
devido a essa desaceleração que o dia passou a durar as atuais 24 horas. Essa
desaceleração é devido à diminuição da energia inercial presente nesse
movimento desde a formação do sistema solar.
Chegará o dia em que o movimento da Terra parará
completamente, nesse momento o dia e a noite durariam os nossos 365 dias atuais,
só que para metades opostas da Terra. Talvez esse dia nunca chegue por causa da
expansão do Sol e destruição dos planetas mais próximos a ele, mas a
expectativa desse cenário é muito interessante.
FONTES:
Munroe, Randall. 2014. E Se? – Respostas científicas para
perguntas absurdas. Companhia das Letras.
sexta-feira, 23 de agosto de 2019
Parcimônia
Menos
é mais. Segundo o dicionário parcimônia é 1. “Qualidade ou característica de
parco”; 2. “Ação ou hábito de fazer economia, de poupar”. Parafraseando
Ricklefs seria uma espécie de “Economia da Natureza”.
Mas
onde quero chegar com isso ou porque estou falando sobre esse conceito?
Recentemente
estava ministrando uma aula sobre sistemática filogenética e, como faz parte do
método cladístico, falei sobre.
A
ideia da parcimônia aplicada à sistemática filogenética é basicamente a
primeira frase deste post. Menos é mais. A natureza, por ser econômica, realiza
seus processos através do menor número de passos possíveis, inclusive em aspectos
evolutivos.
Caso
hajam duas hipóteses de origem de uma característica, por exemplo, em que uma
novidade evolutiva surge uma única vez ou outra em que ocorrem dois ou mais
processos independentes, considera-se a melhor conclusão aquela que exige menor
número de passos, no caso a primeira hipótese.
Quando,
após uma análise filogenética, surgem vários cladogramas possíveis (inferências
filogenéticas), usa-se aquele (ou aqueles) mais parcimoniosos.
Assim,
parcimônia é um conceito amplamente usado na biologia e que flerta com a
economia.
Até!
Marcadores:
Conceitos,
Parcimônia,
Sistemática Filogenética
quarta-feira, 21 de agosto de 2019
Animais fotossintetizantes
Quando
falamos em fotossíntese é bem comum vir logo à mente as plantas. Pesquisando
mais um pouco descobrimos que protozoários também podem ter pigmentos e vias
metabólicas responsáveis pelo processo. Porém, não para por aí.
Animais
também podem realizar fotossíntese! Sim, é isso mesmo. Não todos os animais,
evidentemente, mas o que chama atenção é que até um tempo atrás não se esperava
essa capacidade advindo desses seres.
Mas
primeiro o que viria a ser essa fotossíntese. Ela é o processo de transformar
água, gás carbônico, sais minerais e luz solar em glicose (alimento). Esta
substância entra em outras vias metabólicas para a obtenção de energia. A
fotossíntese só é realizada na presença de um pigmento, no caso clorofila que
fica alojada nos cloroplastos.
Já
são conhecidos uma lesma, pulgões e uma salamandra (possivelmente) que realizam
o processo.
A
lesma Elysa chlorotica possui clorofila em suas células. Esse molusco
foi o primeiro animal em que o processo de fotossíntese foi descoberto. Mas a
capacidade fotossintética não é original do próprio animal, ele adquire essa
capacidade após realizar a cleptoplastia das algas marinhas Vaucheria
litorea, ou seja, eles roubam seus cloroplastos. Apesar de espantoso essa
descoberta se deu em 1870 por Augustus Addison Gould, mas somente relatado em
2010 por Sydney Pierce.
Elysa chlorotica |
O
pulgão Pisum acyrthosiphon é uma praga de diversas leguminosas e que
possui um sistema de fotossíntese. Ao invés da luz ser absorvida pela
clorofila, nesses insetos os fótons são absorvidos por carotenoides, pigmentos
que apresentam outras funções primárias. Esses pulgões, através dessa
maquinaria metabólica produzem muito mais ATP, quando em presença de luz, em
relação a outros que possuem poucos carotenoides.
Pisum acyrthosiphon |
Outro
animal com certa capacidade de fazer fotossíntese é a salamandra Ambystoma
maculatum que possui, em algumas células, algas fotossintéticas. Foi Ryan
Kerney que revelou a simbiose existente entre as células da salamandra e a da alga
Oophila amblystomatis. Essa relação ocorre desde a fase embrionária da
salamandra. As algas “contaminam” a próxima geração de animais por estarem
presentes no aparelho reprodutor das fêmeas. Esse é o primeiro caso de simbiose
em que um organismo fotossintético vive dentro de uma célula de vertebrado.
Ambystoma maculatum |
Apesar
da estranheza desses peculiares animais que têm a capacidade de fazer, mesmo
que não necessariamente do mesmo modo que as plantas, fotossíntese, é de uma
beleza inenarrável se deparar com essas possibilidades da bela natureza.
Marcadores:
Curiosidade,
Fotossíntese,
Zoologia
sexta-feira, 16 de agosto de 2019
Crossvallia waiparensis: um pinguim do tamanho de uma pessoa
Com
1,6 metro de altura e pesando seus 80 quilos essa espécie de pinguim viveu
durante o Paleoceno (entre 65 e 55 milhões de anos atrás) em uma região que
hoje está separada em Nova Zelândia, Austrália e Antártida.
A
descoberta do fóssil desse pinguim gigante foi publicada no periódico
Alcheringa: Na Australasian Journal of Paleontology e divulgada mais amplamente
pelo jornal The Guardian que entrevistou a curadora do CanterburyMuseum, Vanessa De Pietri, uma das autoras do trabalho. Segundo os
pesquisadores que analisaram o fóssil, Crossvallia waiparensis tinha o
tamanho de uma pessoa de estatura média o que corresponde a quatro vezes o
tamanho do maior pinguim conhecido, o pinguim-imperador (Aptenodytes forsteri).
Comparação entre a nova espécie e o Pinguim-Imperador |
A
descoberta dos fósseis se deu na Nova Zelândia, mas como citado anteriormente,
esta estava ligada a outras regiões continentais. Esses animais deixaram de
habitar os oceanos do hemisfério sul após a chegada, e consequente competição,
de focas e baleias.
Fósseis da espécie de pinguim encontrados |
Como
é bom imaginar como seria encontrar um bichão desse pela frente hem?
Até!
FONTES:
Mayr, G., De Pietri, V.L., Love, L., Mannering, A. & Scofield, R.P. 2019. Leg bones
of a new penguin species from the Waipara Greensand add to the diversity of
very large-sized Sphenisciformes in the Paleocene of New Zealand. Alcheringa XX, xxx–xxx. ISSN
0311-5518. Disponível em https://doi.org/10.1080/03115518.2019.1641619
Marcadores:
Aves,
Espécies,
Paleontologia,
Pinguins,
Zoologia
sexta-feira, 21 de junho de 2019
Crocodilo inteiro é devorado por serpente [Curiosidade]
A
ONG GG Wildlife Rescue Inc flagou em um pântano da região de Queensland uma cobra
píton (Liasis olivaceus) engolindo um crocodilo inteiro da espécie Crocodylus
johnstoni, que pode alcançar até 1,5 metro de comprimento. A serpente, por
sua vez, pode alcançar um tamanho de até 4 metros.
As
imagens são surpreendentes.
As
serpentes apresentam uma modificação em suas mandíbulas (hemimandíbulas) que
permitem às mesmas se moverem de modo independente uma da outra, de modo que
cada parte pode se mover lateralmente facilitando a deglutição de grandes
organismos.
O
processo de digestão pode durar meses e apenas dentes e escamas são expelidos
por conterem muita queratina e esmalte.
As
imagens foram publicadas primeiramente no Facebook da ONG e aqui no Brasil
apareceram na Revista Galileu.
FONTES:
Assinar:
Postagens (Atom)