sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Sidarta Gautama


Sidarta Gautama, mais conhecido como Buda, o iluminado (ou aquele que despertou) foi um filósofo indiano que desafiou a religião do Bramanismo, na época bastante distribuída pela região através das escrituras Vedas, através do raciocínio filosófico.
Apesar de ser reverenciado, não é um messias, nem um profeta. Não houve revelação divina, apenas análise filosófica.
Passou a se envolver com objetivo da vida e procurou investigar o eu era felicidade, virtude e a vida correta.
Buda, seguia uma vida cheia de luxúria, mas ele passou a ver tal comportamento tendo como resultado uma felicidade transitória, também não considerava o ascetismo externo como a felicidade plena. Assim, haviam três caminhos a percorrer na vida. Um seria da autoindulgência e outro da automortificação, apenas o do caminho do meio levaria a uma felicidade verdadeira ou iluminação.
Para Gautama deveríamos eliminar os apegos, ou seja, os desejos, para evitar desapontamento e o sofrimento.
A causa para esses apegos seria nosso egoísmo, de modo que para evitar a dor deveríamos eliminar o que desejamos e quem o deseja: o “eu”.
O indivíduo é um ser transitório constituinte de um todo maior e esse entendimento é a chave para abandonar o apego e evitar o sofrimento.
As causas do sofrimento e o caminho da felicidade seria possível seguindo as Quatro Nobres Verdades:
·       Sofrimento é universal;
·       Desejo é a causa do sofrimento
·       Sofrimento pode ser evitado eliminando o desejo
·       Seguir o Caminho Óctuplo (dharma) para eliminar o desejo.
Esse Caminho Óctuplo seria uma espécie de código de ética para guiar a vida correta e felicidade. Além disso, essas Quatro Nobres Verdades seriam uma forma de guiar o indivíduo pelo caminho do meio.
O objetivo da vida, para Gautama, seria o fim do ciclo de sofrimento, evitar o renascimento em outra vida de sofrimento, para isso deveríamos seguir pelo caminho do meio.
Outro conceito bastante difundido pela filosofia de Gautama é o Nirvana, que é atingido quando compreendemos o lugar no “não eu”, ou seja, no universo que nos cerca. Esse Nirvana seria o “não apego; “não ser”; ou “apagar-se”. Seria tornar-se uno com o universo e não uno com uma divindade, isso seria algo que Gautama nunca mencionou.
Sidarta Gautama era um princípe da região sul do atual Nepal (Lumbini em Kapilavastu), as datas de nascimento e morte são incertas, alguns indicam que viveu entre 563 a. C. a 483 a. C. (essa última data poderia ser 420 ou 503 a. C.).
As fontes primárias de informações sobre a vida dele vem de textos budistas que são vários.
Sabe-se que aos 16 anos se casou com sua prima Yashodhara, onde tiveram um filho, Rahula, porém desde tenra idade Sidarta se perguntava sobre o sofrimento humano, tanto que seu pai impedia que ele visse qualquer pessoa sofrendo. Mas chegou um momento em que veria o sofrimento de perto, foi aí que sua mente mudou.
Aos 29 anos renunciou ao trono e passou a viajar pela Índia, buscando uma resposta para o sofrimento, foi então que atingiu a iluminação e passou a pregar e ensinar sua filosofia que ficaria conhecida como Budismo.
No séc. I seus ensinamentos foram escritos pela 1ª vez se espalhando ainda mais pela Índia, China e outros países asiáticos, chegando a rivalizar com o Taoísmo e Confucionismo em número de seguidores.
O Budismo chegou até mesmo no Império Grego no séc. III a. C., mas teve pouca influência, apesar da similaridade com a filosofia ocidental que enfatizava a razão para alcançar a felicidade.
Filósofos ocidentais mais modernos como Hume e Schopenhauer também embasaram suas concepções na filosofia do Budismo.
Hoje tal filosofia também é vista como uma religião, mas muitas pessoas se utilizam de seus ensinamentos para uma vida melhor, mesmo não sendo budistas.

“A mente é tudo. O que você pensa, você se torna”
(Sidarta Gautama)

Dúvidas, críticas e sugestões: lourivaldias@gmail.com
Até!

FONTES:
O Livro da Filosofia. 2011. Globo Livros.

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