sexta-feira, 31 de janeiro de 2020
quarta-feira, 29 de janeiro de 2020
Sobre a minha tatuagem evolutiva/biológica
Darwin em 1837 desenhou em seu caderno de notas uma espécie
de "árvore filogenética", muito tempo antes dos trabalhos de Emil Hans Willi
Hennig. Nesta anotação ele já estava pensando sobre o que viria a ser sua
teoria da Seleção Natural, um dos alicerces para a teoria da Evolução na qual
toda a biodiversidade (Letras A a D) surgiu com modificações a partir de um
único ancestral comum (Número 1). Claro que alguns pressupostos do método da sistemática filogenética, como a quebra dos clados em somente dois ramos, não foram retratados corretamente, mas o mais importante aqui é o valor histórico e a concepção de uma ideia válida até hoje.
Imagem original da anotação de Darwin em seu caderno de notas de 1837 |
Foi essa a ideia por trás
da minha primeira tatuagem. Procurei gravar na pele essa anotação de Darwin,
cujo conceito perdura até hoje, obviamente após vários ajustes posteriores,
feitos por diversos pesquisadores.
Por ser evolucionista não poderia
deixar de homenagear essa percepção da natureza aos olhos daquele exímio
naturalista que embarcou no Beagle e notou o óbvio.
E nada melhor para finalizar essa
postagem do que a célebre frase de Theodosius Dobzhansky: "Nada na
Biologia faz sentido exceto à luz da evolução.”
Quem fez essa tatuagem? Foi a @tattoo.santiago clique aqui e saiba mais sobre o trabalho dela.
Até!
Marcadores:
Charles Darwin,
Emil Hans Willi Hennig,
Evolução,
Sistemática Filogenética,
Tatuagem
sexta-feira, 24 de janeiro de 2020
O que são os Porifera?
Marcadores:
Porifera,
Vídeo,
Vídeo do Canal,
Youtube,
Zoologia
sábado, 18 de janeiro de 2020
Quais os táxons dos peixes existentes?
Marcadores:
Peixes,
Vídeo,
Vídeo do Canal,
Zoologia
quinta-feira, 9 de janeiro de 2020
O demônio da epilepsia
Atualmente
é plenamente conhecido o fato de, no passado, as pessoas relacionarem doenças a
aspectos espirituais. Até hoje muitas pessoas são convencidas de que podem ser
curadas através da fé ou de poderes milagrosos manifestados por pessoas “sensitivas”.
Pesquisadores
da Universidade de Copenhagen, liderados por Troels Pank Arbøll,
encontraram o desenho de um demônio em uma placa assíria de 2,7 mil anos que se
encontrava no Museu alemão Berlin’s Vorderasiatisches. A placa foi encontrada
no norte do Iraque já há alguns anos.
O
trabalho foi publicado no periódico Le Journal des Médecines Cunéiformes e
concluiu que o desenho representa o demônio Bennu que para o povo assírio era
responsável por causar a epilepsia.
Arbøll
diz que “Sabemos há muito tempo que os assírios e babilônios consideravam as
doenças como fenômenos causados por deuses, demônios ou bruxaria. Os curadores
eram responsáveis por expulsar essas forças sobrenaturais e os sintomas médicos
que causavam, usando drogas, rituais ou encantamentos”.
Interessante
que o desenho se encontra em uma placa cuneiforme de inscrições médicas,
mostrando o que seria a causa da enfermidade e não o que empregar para a cura
da mesma.
O
demônio representado como uma criatura bípede, com chifres, esguia e com língua
bífida agia, de acordo com a inscrição, em nome do deus lunar Sîn. Para os assírios
epilepsia estava relacionada com loucura e por ser o deus da Lua que, através
da ação de Bennu, infligia tal efeito, os termos lunacy/lunático/loucura derivaram
da palavra latina “luna”.
Interessante
notar a evolução do entendimento popular das enfermidades ao longo das eras e
ver como práticas tal antigas, muitas das vezes são mantidas até os dias de
hoje, mesmo com todo o desenvolvimento da ciência.
Até!
FONTES:
ARBØLL, T. P. 2019, A Newly
Discovered Drawing of a Neo-Assyrian Demon in BAM 202 Connected to
Psychological and Neurological Disorders, JMC 33, pp. 1-31.
sexta-feira, 3 de janeiro de 2020
Formigas canibais e que bebem urina
Animais
se adaptam para sobreviver, isso é plenamente reconhecível e registrado em
vários trabalhos científicos e em livros-texto.
Formigas
já desenvolveram canibalismo. Isso ocorreu e foi documentado quando uma
população de um milhão de indivíduos ficou presa em um porão de armazenamento
de Armas Nucleares na Polônia e sobreviveram desenvolvendo a prática do
canibalismo.
Elas
passaram a se alimentar das que não sobreviviam e mesmo não havendo comida a população
aumentou.
Esse
caso ajudou a entender como esses animais se adaptam em situações extremas na
natureza. Na primavera, quando há menos alimento, é possível se tornarem
canibais.
Em
um outro artigo publicado no periódico Austral Ecology, pesquisadores
verificaram que formigas da Ilha Kangaroo, Austrália, bebem xixi para
sobreviver. A urina de humanos, cangurus e outros animais é usada para obtenção
de nutrientes que não são normalmente encontrados nos alimentos desses
organismos.
Aquelas
excretas com altas concentrações de ureia e açúcar são as preferidas por esses
insetos, sendo uma substância muito nutritiva.
Revelou-se
nesses estudos que formigas (e possivelmente outros animais, obviamente) são
organismos resilientes.
Espero
que tenham gostado dessas informações. Deixe seu comentário e compartilhe esse
post.
Até e um Feliz Ano Novo!
FONTES:
Rutkowski
T, Maák I, Vepsäläinen K, Trigos-Peral G, Stephan W, Wojtaszyn G, Czechowski W
(2019) Ants trapped for years in an old bunker; survival by cannibalism and eventual
escape. Journal of Hymenoptera Research 72: 177-184. https://doi.org/10.3897/jhr.72.38972
Petit,
S., Stonor, M.B., Weyland, J.J., Gibbs, J. and Amato, B. (2019), Camponotus ants mine
sand for vertebrate urine to extract nitrogen. Austral Ecology. https://doi:10.1111/aec.12840
Marcadores:
Artigo,
Canibalismo,
Excreção,
Formigas,
Zoologia
Assinar:
Postagens (Atom)