Sidarta Gautama, mais conhecido como Buda,
o iluminado (ou aquele que despertou) foi um filósofo indiano que desafiou a
religião do Bramanismo, na época bastante distribuída pela região através das
escrituras Vedas, através do raciocínio filosófico.
Apesar de ser reverenciado, não é um
messias, nem um profeta. Não houve revelação divina, apenas análise filosófica.
Passou a se envolver com objetivo da vida
e procurou investigar o eu era felicidade, virtude e a vida correta.
Buda, seguia uma vida cheia de luxúria,
mas ele passou a ver tal comportamento tendo como resultado uma felicidade
transitória, também não considerava o ascetismo externo como a felicidade
plena. Assim, haviam três caminhos a percorrer na vida. Um seria da autoindulgência
e outro da automortificação, apenas o do caminho do meio levaria a uma
felicidade verdadeira ou iluminação.
Para Gautama deveríamos eliminar os
apegos, ou seja, os desejos, para evitar desapontamento e o sofrimento.
A causa para esses apegos seria nosso
egoísmo, de modo que para evitar a dor deveríamos eliminar o que desejamos e
quem o deseja: o “eu”.
O indivíduo é um ser transitório
constituinte de um todo maior e esse entendimento é a chave para abandonar o
apego e evitar o sofrimento.
As causas do sofrimento e o caminho da
felicidade seria possível seguindo as Quatro Nobres Verdades:
·
Sofrimento é
universal;
·
Desejo é a causa
do sofrimento
·
Sofrimento pode
ser evitado eliminando o desejo
·
Seguir o Caminho
Óctuplo (dharma) para eliminar o desejo.
Esse Caminho Óctuplo seria uma espécie de
código de ética para guiar a vida correta e felicidade. Além disso, essas
Quatro Nobres Verdades seriam uma forma de guiar o indivíduo pelo caminho do
meio.
O objetivo da vida, para Gautama, seria o
fim do ciclo de sofrimento, evitar o renascimento em outra vida de sofrimento,
para isso deveríamos seguir pelo caminho do meio.
Outro conceito bastante difundido pela
filosofia de Gautama é o Nirvana, que é atingido quando compreendemos o lugar
no “não eu”, ou seja, no universo que nos cerca. Esse Nirvana seria o “não
apego; “não ser”; ou “apagar-se”. Seria tornar-se uno com o universo e não uno
com uma divindade, isso seria algo que Gautama nunca mencionou.
Sidarta Gautama era um princípe da região
sul do atual Nepal (Lumbini em Kapilavastu), as datas de nascimento e morte são
incertas, alguns indicam que viveu entre 563 a. C. a 483 a. C. (essa última
data poderia ser 420 ou 503 a. C.).
As fontes primárias de informações sobre a
vida dele vem de textos budistas que são vários.
Sabe-se que aos 16 anos se casou com sua
prima Yashodhara, onde tiveram um filho, Rahula, porém desde tenra idade
Sidarta se perguntava sobre o sofrimento humano, tanto que seu pai impedia que
ele visse qualquer pessoa sofrendo. Mas chegou um momento em que veria o
sofrimento de perto, foi aí que sua mente mudou.
Aos 29 anos renunciou ao trono e passou a
viajar pela Índia, buscando uma resposta para o sofrimento, foi então que
atingiu a iluminação e passou a pregar e ensinar sua filosofia que ficaria conhecida
como Budismo.
No séc. I seus ensinamentos foram escritos
pela 1ª vez se espalhando ainda mais pela Índia, China e outros países
asiáticos, chegando a rivalizar com o Taoísmo e Confucionismo em número de
seguidores.
O Budismo chegou até mesmo no Império
Grego no séc. III a. C., mas teve pouca influência, apesar da similaridade com
a filosofia ocidental que enfatizava a razão para alcançar a felicidade.
Filósofos ocidentais mais modernos como
Hume e Schopenhauer também embasaram suas concepções na filosofia do Budismo.
Hoje tal filosofia também é vista como uma
religião, mas muitas pessoas se utilizam de seus ensinamentos para uma vida
melhor, mesmo não sendo budistas.
“A
mente é tudo. O que você pensa, você se torna”
(Sidarta Gautama)
Até!
FONTES:
O
Livro da Filosofia. 2011. Globo
Livros.