sexta-feira, 1 de março de 2019

Arquimedes e a alavanca em 90 minutos [Livro]


Este é outro livro de Paul Strathern, publicados no Brasil pela editora Zahar. O livro é dividido nas seguintes sessões: Introdução; O mundo como Arquimedes o encontrou; Vida e Obra; e Cronologia de grandes eventos da ciência.
Arquimedes, nascido em 287 a. C., foi um dos três maiores matemáticos de todos os tempos. Os outros seriam Newton e Gauss. No século XVI passou a inspirar outros grandes talentos como Kepler e Galileu.
É dele a expressão “Eureca!”, palavra que gritou ao pular da banheira quando descobriu os princípios da hidrostática, onde atestou que “um corpo flutuante é capaz de deslocar uma quantidade de fluido equivalente a seu peso”.
Revolucionou a mecânica, criou a hidrostática e o estudo dos sólidos (por exemplo, mostrou como se calcular o volume dessas formas tridimensionais). Dentre suas invenções estão: roldanas, alavancas, bomba d’água, o laser e o parafuso de coleta de água e grãos. Por conta dessas invenções, cunhou a seguinte frase:

“Deem-me um ponto de apoio e uma alavanca e moverei a Terra”

Arquimedes, infelizmente, não se importava em registrar seu trabalho prático. Sabemos mais de Arquimedes por conta do escritor romano Plutarco, por exemplo, Arquimedes já tinha a ideia de que a Terra é um globo.
Ele concluiu sua educação em Alexandria, no Egito, conhecendo vários pensadores que viriam a se tornar seus amigos: Conão de Samos e Erastótenes, para citar alguns, que podem ter influenciado a sua visão da Terra como um planeta redondo.
O pensador inovou a matemática da época ao usar a aproximação no lugar da igualdade precisa, pode-se dizer que a dízima periódica surgiu com Arquimedes.
As suas Leis da Hidrostática permaneceram incontestáveis ou ignoradas por 1800 anos, até serem redescobertas.
Outra grande contribuição de Arquimedes foi delinear o sistema heliocêntrico do sistema solar (ou do universo, como na época se pensava), que foi proposto alguns anos antes, por seu amigo Aristarco de Samos.
Além de avanços na área científica “teórica”, teve grande papel na questão militar.
Durante a Segunda Guerra Púnica houve um cerco à Siracusa determinado pelo General Romano Marcelo, Siracusa foi a cidade em que Arquimedes havia se instalado após seu retorno do Egito. Arquimedes foi encarregado da defesa da cidade, construiu uma máquina que arremessava enormes pedras, além de um dispositivo que convergia os raios solares na direção das naus romanas chegando a incendiá-las no processo.
Arquimedes e "sua alavanca"
A cidade foi tomada pelos romanos e então Arquimedes morreu em 212 a. C. Existe muita divergência sobre a história acerca de sua morte. Alguns historiadores relatam que Marcelo havia poupado Arquimedes por conta de seus feitos científicos, porém outra história é a de que, durante a invasão romana, Arquimedes continuava imerso em seus cálculos, um soldado chegou a seus aposentos e disse que deveria segui-lo, porém aquele não ia se levantar enquanto não terminasse suas contas, foi aí que o romano golpeou o pensador lhe tirando a vida.
Apesar do fim trágico sua obra perdurou até os dias de hoje.
O livro é bem curto e vale muito a pena ler caso tenha interesse pela história da ciência, matemática ou mesmo por curiosidade. É uma ótima leitura e bastante fluida.
Recomendado.
Dúvidas, sugestões e críticas: lourivaldias@gmail.com
Até!

Nenhum comentário:

Postar um comentário