Pitágoras foi um filósofo e matemático
grego que viveu entre os anos 570 e 497 a. C., nascido na ilha de Samus, filho
de Pythais e do mercador Mnesarchus, foi treinado pelos melhores professores,
dentre eles Temistocléia, mestre de Pitágoras, alta profetisa, filósofa e
matemática. Anaximandro, discípulo de Tales de Mileto, também viria a ser seu
professor. Aprendeu a tocar lira, além de aritmética, geometria, astronomia e
poesia.
Pitágoras é considerado o fundador da
cultura científica ocidental, ou pelo menos, um dos fundadores, e ter estudado
com Anaximandro foi muito importante para sua formação como pensador. O tutor
produziu muito conhecimento como mapas estelares; dizia que o sol era muito
maior que a Terra; inventou o relógio de sol; foi um dos primeiros a desenhar o
mundo o imaginando com uma forma curva; dentre outras hipóteses.
Apesar do termo “matemático(a)” ser usado
acima, foi esse pensador o primeiro a usar o termo, além de filósofo (que em
grego quer dizer “amante da sabedoria”)
e metempsicose nos sentidos que são usados até hoje.
Sua história é marcada por muitas viagens,
começando no ano de 535 a. C. quando foge de Samus, que estava sob julgo do
tirano Policrastes, e ruma para o Egito, onde adquiriu aprofundamento em seus
estudos da matemática, pois era considerado mais culto que a Grécia,
principalmente no que tange à matemática. Até mesmo Aristóteles disse que “No Egito tiveram início as ciências
matemáticas, pois lá a nação dos sacerdotes gozava de tempo livre”.
Em 525 a. C. a região foi dominada pelo
rei persa Cambises I, Pitágoras foi capturado e levado para Babilônia, lá
conhece o sarcedote Mago, seguidor de Zoroastro, que passa a lhe ensinar
questões espirituais. Quando Policrastes e Cambises morreram, o filósofo volta
para Samus, fundando ali sua escola de filosofia, chamada de Semicírculo, no
ano de 522 a. C. Sai novamente de sua cidade natal e se dirige para o sul da
Itália, estabelecendo-se em Crotona, onde se casa e funda sua Escola Espiritual,
mas por conta de perseguições políticas torna a se mudar, dessa vez para
Metaponto, onde morreu entre 496 ou 497 a. C.
O princípio fundamental das ideias de
Pitágoras era que “Tudo é número”, o cosmo seria regido pela matemática, os
números indicavam harmonia e a essência das coisas. Essa é a base para a sua
Teoria da Harmonia das Esferas, a qual diz que os astros do firmamento está
girando ao redor da Terra ligados a grandes esferas concêntricas ao planeta.
Pitágoras chegou a criar uma espécie de
religião baseada nos números, chamada de Pitagorismo, onde ele era o líder, e
onde os números eram a resposta para tudo. Essa religião tinha até símbolo
sagrado: o pentagrama. Para o Pitagorismo os números seriam interpretados na
realidade sob a forma de 4 elementos: terra, água, ar e fogo. Essa filosofia
estava entre a ciência, ou conhecimento crítico, e a magia.
Essa questão mística é bem representada em
aspectos morais e comportamentais tanto de Pitágoras quanto de seus seguidores.
Por exemplo, as almas haviam vivido vidas anteriores em outros corpos (até
mesmo em plantas) essa era a base moral da sua religião. Pitágoras proferia
grandes sermões para seus discípulos e também para animais. Além disso, haviam
vários comportamentos que deveriam ser seguidos como: não comer feijão, não dar
a primeira mordida em um pedaço de pão, não deixarem andorinhas fazerem ninho
no próprio telhado, etc.
A questão do feijão era por conta das
flatulências. Para Pitágoras peidar não era apenas desagradável para outra
pessoa, era também para aquele que soltava, pois por meio dele você perdia
parte da sua força vital, já que era o ar que nos permite viver.
Efeitos miraculosos também giram em torno
de seu comportamento: uma vez uma cobra venenosa o mordeu e ele a mordeu de
volta e a matou; em outra ocasião apareceu em duas cidades ao mesmo tempo onde
aconselhou alguns pescadores sem sorte a jogarem de novo suas redes (Já ouvi
essa história em algum lugar).
No campo das ciências uma das maiores
descobertas do filósofo foi no domínio da geometria, onde desenvolveu o Teorema
de Pitágoras no qual diz que “Em todo triângulo retângulo, a soma dos quadrados
dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa”. Além dessa descoberta também desenvolveu
a ideia da série harmônica na música, utilizando os conceitos de razão e
proporção.
Pitágoras nada escreveu, de modo que o que
sabemos vem de relatos orais e de escritos de seus discípulos, assim não há
comprovação de que o teorema que leva seu nome seja de sua autoria. O Teorema
de Pitágoras pode ter sido obra apócrifa, segundo alguns historiadores.
O Pitagorismo absorveu muitos aspectos do
Neoplatonismo (o qual tinha influenciado muito o cristianismo), porém, com o
tempo, passou a ser visto pelo Cristianismo como uma heresia. A “religião” de
Pitágoras foi ressuscitada 1000 anos depois com as ideias humanistas do
Renascimento e foi considerado como o pai das ciências exatas, sendo que sua
influência continua até os dias atuais.
Mais informações da vida e ora, bem como
as ideias que precederam o pensamento de Pitágoras, podem ser lidas no livro de
Paul Strathern “Pitágoras e seu Teorema em 90 minutos”, lançado no Brasil pela
editora Zahar e que trás de uma forma bastante direta é rápida o desenvolvimento
de sua ciência e do Pitagorismo como filosofia religiosa.
Dúvidas, críticas e sugestões: lourivaldias@gmail.com
Até!
FONTES:
TRATHERN, P. 2011. Pitágoras e seu teorema em 90 minutos. Rio de Janeiro: Editora
Zahar.
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