quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

Uma lembrança de Natal


Há um ano atrás fiz um post falando sobre esse período natalino. Suas origens e modificações até a chegada nos dias de hoje. É um ótimo conteúdo.
Futuramente transformarei esse texto em vídeo para o canal, porém enquanto isso fiquem com a lembrança do texto original clicando aqui.
Até!

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

A maior religião do mundo em 2070: Islamismo


É isso mesmo. De acordo com o Pew Research Center, em um estudo publicado em 2017, o Islamismo será a maior religião do mundo em 2070, ultrapassando a maior religião atual, o Cristianismo. Segundo o trabalho, o Islamismo é a religião que tem maior crescimento demográfico, por conta da natalidade entre seus praticantes, e é a religião que menos perde fieis, desse modo e nessa crescente será a maior de todas as religiões.
Não que eu ache isso um problema. Não tenho religião e não me importo com o crescimento delas, mas por ser um aspecto cultural, relacionado intrinsecamente à questão humana, nos faz refletir sobre vários aspectos. Por exemplo, existe uma ideia, algo como senso comum, de que há “religiões certas” e normalmente quem fala isso é aquela que detêm o poder e este é medido pela quantidade de pessoas que a seguem. Ao se pensar nisso veremos uma mudança de paradigma no futuro. O que hoje é a dita “verdadeira religião” ficará para trás e deixará a liderança.
Que outros aspectos serão influenciados por conta dessa mudança na quantidade de seguidores dessas religiões ainda é motivo de discussão.
Segue abaixo a porcentagem de seguidores das maiores religiões no mundo atualmente:
Cristianismo – 28%
Islamismo – 22%
Hinduísmo – 15%
Budismo – 8,5%
Sem religião – 12%
Outros – 14,5%

Até!

quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

O menor planeta anão do Sistema Solar

Hígia

O Observatório Europeu do Sul, utilizando seu sistema óptico SPHERE (Spectro-Polarimetric High-contrast Exoplanet REsearch), montado no Very Large Telescope, observou em outubro desse ano (2019) o que seria o menor planeta anão do Sistema Solar.
Trata-se do até então asteroide esférico Hígia que se encontra no cinturão de asteroides e é o quarto maior objeto da estrutura.
O trabalho publicado no periódico Nature Astronomy apresenta pela primeira vez Hígia com resolução boa o suficiente a ponto de melhor determinar sua forma, tamanho e possíveis pontos de colisão com outros astros.
Para os pesquisadores responsáveis pelo estudo, Hígia atende três dos quatro requisitos para ser classificado como um planeta anão: 1) Possui órbita circular em torno do Sol (isso só é possível por ter massa suficiente); 2) Não é satélite de nenhum outro planeta; e 3) Não “limpou” o espaço ao redor de sua órbita.
Hígia tem diâmetro de 430 km, cerca de cinco vezes menor que o planeta anão mais conhecido do nosso Sistema Solar, Plutão, que possui aproximadamente 2.400 km de diâmetro.
Muitos estudos serão necessário para realmente corroborar com a hipótese de Hígia ser um planeta anão.

FONTES:
VERNAZZA, P., JORDA, L., ŠEVEČEK, P. et al. 2019. A basin-free spherical shape as an outcome of a giant impact on asteroid Hygiea. Nature Astronomy. doi:10.1038/s41550-019-0915-8

sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Como reconhecer um animal peçonhento?

No vídeo mais recente do canal (veja abaixo) falei sobre a diferença entre animais peçonhentos e venenosos, uma dúvida bastante comum.


Quais as principais espécies peçonhentas que ocorrem no Brasil? Vejamos.

1. Escorpiões

O táxon com as espécies mais perigosas do Brasil desse grupo de animais é o gênero Tityus. Nesse gênero temos:


Escorpião-amarelo (Tityus serrulatus)

Escorpião-marrom (Tityus bahiensis)


Escorpião-amarelo-do-nordeste (Tityus stigmurus)

Escorpião-preto-da-Amazônia (Tityus obscurus)

Estes animais inoculam seu veneno através do ferrão presente no pós-abdome.

2. Cobras

As cobras peçonhentas apresentam fosseta loreal que é um termorreceptor (exceto na Cobra Coral) e cabeça triangular. As espécies abaixo são reconhecidas por apresentar manchas em "V" invertidas ao longo do seu corpo. São elas:


Jararaca (Bothrops jararaca)
Urutu-Cruzeiro (Bothrops alternatus)


Jararacuçu (Bothrops jararacussu)
Jararacão ou Caiçara (Bothrops moojeni)

São os dentes canaliculados desses animais que são os responsáveis pela inoculação de seu veneno.

3. Aranhas

Aranha Marrom (Loxosceles sp): Essas aranhas de tamanho médio e com 6 olhos (ao contrário dos 8 que geralmente estão presentes nos aracnídeos) são bastante perigosas e comuns.


Aranha Marrom (Loxosceles sp)

Viúva-Negra (Latrodectus mactans): Possuem coloração negra brilhante, mancha vermelha no abdome e pernas afuniladas.

Viúva-Negra (Latrodectus mactans)

Aranha Armadeira (Phoneutria sp): Coloração em cinza a castanho, 8 olhos em três filas e pernas com faixas pretas, essas aranhas são noturnas e bastante agressivas, conseguindo saltar até 40 centímetros.


Aranha Armadeira (Phoneutria sp)
As aranhas injetam seu veneno através das quelíceras, uma espécie de presa canaliculada que transporta o seu veneno.

4. Lacraias ou Centopeias

Esse grupo, cientificamente conhecidos como Chilopoda, possuem uma garra de veneno, chamada de Forcípula, por onde inocula seu veneno em suas presas.


Chilopoda
O Ministério da Saúde informa que a cada ano no Brasil ocorrem cerca de 100 mil acidentes com animais peçonhentos. É de se ficar atento para evitar fazer parte dessa estatística.

Que outros animais você acha que faltou nessa lista? Comente aí.
Até!

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Mapa global das minhocas

Onde vivem as minhocas (Oligochaeta)? Ao escutar essa pergunta você logo pensaria: no solo. Certo, você não está errado. Mas onde as minhocas ocorrem ao redor do mundo?


Foi pensando nessa questão que 141 cientistas de 35 países reuniram informações para produzir o primeiro mapa global sobre onde as minhocas vivem.
Esse resultado foi publicado no periódico Science em outubro de 2019.
Sabe-se que as minhocas são componentes chave das comunidades ecológicas edáficas (de solo), os processos de decomposição e de ciclagem de nutrientes depende de sua ação no meio ambiente, além da aeração do solo e produção de húmus que auxiliam no crescimento vegetal. Sem elas não teríamos a produção vegetal que temos atualmente.
Helen Phillips e seus colaboradores contactaram o maior número possível de pesquisadores ao redor do mundo e requisitaram informações sobre as minhocas de seus países. Os pesquisadores encaminharam informações de mais de 7.000 locais pelo mundo o que levou à produção do mapa.
O mapa em si apresenta informações de distribuição da diversidade de minhocas, abundância e biomassa. É possível concluir com esse produto que o clima influencia os padrões de distribuição e que a presença ou ausência de determinadas espécies de minhocas acarreta reações em cascata que levam a determinar tipos de organismos edáficos que ocorreriam em certos locais, bem como as funções daquele ecossistema.
Veja abaixo os mapas com as informações levantadas (clique nas imagens para ampliá-las).

Quantidade de sítios de amostragem

Número de espécies

Abundância (indivíduos por m2)

Biomassa (gramas por m2)
Até!

FONTES:
PHILLIPS, H. R. P. et al. 2019. Global distribution of earthworm diversity. Science 366 (6464), 480-485. Doi: 10.1126/science.aax4851
https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Meio-Ambiente/noticia/2019/10/primeiro-mapa-global-de-minhocas-revela-os-lugares-que-elas-mais-habitam.html