É muito comum ouvirmos a expressão: “uma
nova espécie foi descrita” ou “pesquisadores descobriram nova espécie de...”,
essas são algumas das formas de se falar que uma nova espécie foi descrita, mas
a dúvida fica: como realmente isso acontece?
A ciência responsável por dar nomes e
avaliar problemas em relação ao mesmo é a taxonomia. Mas vamos por partes.
Primeiro como é “descobrir uma nova espécie”?
Tudo começa quando se faz uma coleta em
campo, ou seja, o pesquisador vai a algum lugar da Terra e coleta uma amostra
de água, solo ou os animais diretamente, seja com as próprias mãos, seja usando
armadilhas.
Após conseguir os exemplares a análise se
dá em laboratório.
O pesquisador/taxonomista irá fazer uma
identificação daquele exemplar, buscando o grupo mais específico possível
(Família, Gênero etc), e então fará uma busca entre as espécies daquele táxon
ao qual o exemplar pertence se há semelhança morfológica do indivíduo com
aqueles em que foi comparado.
Não havendo semelhança morfológica ou
mesmo genética vai para a próxima etapa que é descrever aquela espécie.
Essa descrição deve ser feita o mais
detalhada possível. Cada parte do animal deve ser descrita em todas as vistas,
cores, estruturas, tudo o que aparecer deve ser designada. Fotos podem e devem
ser incluídas na descrição para melhor caracterização da espécie.
É essa descrição que segue para publicação
em uma revista científica para que se possa ser conhecida pela comunidade
acadêmica.
Em relação aos exemplares utilizados para
descrever a espécie são designados como únicos fixadores do nome da espécie
(também chamados de tipos) e encaminhados para algum museu para serem tombados
e preservados para pesquisas futuras.
Assim é feito uma descrição de uma espécie
nova.
Até!
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