sexta-feira, 10 de maio de 2019

Como funciona a descrição de espécies novas?


É muito comum ouvirmos a expressão: “uma nova espécie foi descrita” ou “pesquisadores descobriram nova espécie de...”, essas são algumas das formas de se falar que uma nova espécie foi descrita, mas a dúvida fica: como realmente isso acontece?
A ciência responsável por dar nomes e avaliar problemas em relação ao mesmo é a taxonomia. Mas vamos por partes. Primeiro como é “descobrir uma nova espécie”?
Tudo começa quando se faz uma coleta em campo, ou seja, o pesquisador vai a algum lugar da Terra e coleta uma amostra de água, solo ou os animais diretamente, seja com as próprias mãos, seja usando armadilhas.
Após conseguir os exemplares a análise se dá em laboratório.
O pesquisador/taxonomista irá fazer uma identificação daquele exemplar, buscando o grupo mais específico possível (Família, Gênero etc), e então fará uma busca entre as espécies daquele táxon ao qual o exemplar pertence se há semelhança morfológica do indivíduo com aqueles em que foi comparado.
Não havendo semelhança morfológica ou mesmo genética vai para a próxima etapa que é descrever aquela espécie.
Essa descrição deve ser feita o mais detalhada possível. Cada parte do animal deve ser descrita em todas as vistas, cores, estruturas, tudo o que aparecer deve ser designada. Fotos podem e devem ser incluídas na descrição para melhor caracterização da espécie.
É essa descrição que segue para publicação em uma revista científica para que se possa ser conhecida pela comunidade acadêmica.
Em relação aos exemplares utilizados para descrever a espécie são designados como únicos fixadores do nome da espécie (também chamados de tipos) e encaminhados para algum museu para serem tombados e preservados para pesquisas futuras.
Assim é feito uma descrição de uma espécie nova.
Até!

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