Recentemente,
lendo sobre temperatura e calor. Veio a dúvida: “Já chegamos próximo ao zero
absoluto da escala Kelvin?”
Mas antes
de responder essa questão um pouco de contexto.
Os
materiais, formados por átomos, possuem energia armazenada nessas partículas,
essa energia é devido ao movimento vibracional dos átomos, e seus componente,
no espaço. Essa energia pode ser aferida e denominamos de temperatura. Além
disso, essa energia pode ser transferida de um corpo para outro é a essa
transferência de energia da vibração de moléculas em um material para outras é
que denominamos de calor.
Atualmente
existem algumas escalas para mensurar a energia como o Celsius, Farenheit e
Kelvin. Sendo essa última definida pelo irlandês William Thomson (conhecido
como Lorde Kelvin) e que indicava que, teoricamente, haveria um momento na
escala na qual as moléculas não teriam mais energia, seria o Zero Absoluto (0K
– lê-se: “Zero Kelvin”).
Fora de
laboratório a temperatura mais baixa conhecida é a da Nebulosa de Bumerangue
que apresenta 1K, menor que a temperatura média do Universo que é de cerca de
2,5K.
Até o ano
de 2013, físicos já haviam atingido, em condições laboratoriais a temperatura
de 0,0000000001K (1pK – lê-se: “Um pico Kelvin”).
Em temperaturas
muito baixas, eventos interessantes ocorrem como a Condensação de
Bose-Einstein, onde o comportamento matéria muda revelando um novo Estado da
Matéria. Super fluidez e super condutividade também seriam observadas em 0K.
Porém, em
2013 um artigo publicado na Science mudou a concepção que tínhamos do zero
absoluto. Físicos da Universidade Ludwig Maximilian, de Munique, criaram, com
lasers e magnetismo, um gás quântico ultrafrio com átomos de potássio,
superando – para baixo – Zero Absoluto da escala Kelvin (-273,15ºC).
São apenas
bilionésimos de grau abaixo do 0K, mas já é o bastante para as pesquisas irem
mais além e desenvolver materiais com temperaturas abaixo da “menor temperatura
que se tinha notícia”.
Outra
curiosidade é que o gás consegue imitar o comportamento da energia escura – que
é a força misteriosa que expande o universo – podendo ajudar os astrônomos no
entendimento dessa característica do cosmos.
Críticas,
dúvidas e sugestões: lourivaldias@gmail.com
Até!
FONTES:
BRAUN, S.; RONZHEIMER, J. P.; SCHREIBER, M.; HODGMAN,
S. S.; ROM, T.; BLOCH, I. & SCHNEIDER, U. 2013. Negative absolute
temperature for motional degrees of freedom. Science 339: 6115, 52-55.
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