sexta-feira, 12 de abril de 2019

Al-Battani


Al-Battani, cujo nome completo era Abu Abdallah Mohammad ibn Jabir ibn Sinan al-Raqqi al-Harrani al-Sabi al-Battani, foi um matemático e astrônomo árabe que vivem entre 858 e 929, filho de um pai com grande reputação na fabricação de instrumentos em Harran, possivelmente instrumentos astronômicos, por isso a proficiência na área do filho.
Uma consideração importante sobre seu nome é que o epíteto “al-Sabi” indica que seus ancestrais eram de um grupo religioso que adorava as estrelas, os Sabeus, porém o “Muḥammad” indica que ele era islâmico.
Como cientista propôs as “Tabelas Sabianas” nas quais estavam definidas a posição do Sol, da Lua e dos planetas. Através dos dados presentes nessas tabelas era possível saber as posições futuras desses astros.
Descobriu que a distância da Terra ao Sol e à Lua variava ao longo do ano, além de definir com grande precisão a duração do ano em 365 dias, 5 horas, 46 minutos e 24 segundos, errando por alguns minutos a o tempo designado atualmente de 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 45 segundos.
Para esses cálculos utilizava a trigonometria, até mesmo para prever eclipses solares.
Catalogou 489 estrelas, mas nunca foi considerado um cientista na sua época, de modo que seus trabalhos só foram reconhecidos 600 anos depois por Nicolau Copérnico.

FONTES:
CHALTON, N. & MacARDLE, M. 2018. A história da ciência para quem tem pressa. Rio de Janeiro: Valentina. 4ª Edição. 200 p.

A primeira foto real de um buraco negro


O dia 10 de abril de 2019 entrou pra história da ciência. Foi o dia em que a primeira foto real de um buraco negro foi divulgada para o mundo.
            Os buracos negros sempre foram astros misteriosos para a ciência. Muito do que se conhece sobre esses corpos celestes advêm da física teórica e/ou de observações indiretas.
            Um buraco negro é um corpo que apresenta uma massa tão grande concentrada em um pequeno espaço que faz com que toda informação que passe pelo horizonte de eventos seja sugada para o seu centro e se prenda, ficando ali aprisionada (ou mesmo seja destruída, quanto a isso pouco se sabe).
E no dia 10 passado, a rede de telescópios de abrangência mundial chamada de Event Horizon, liberou a imagem conseguida a partir dos algoritmos feitos com a liderança de Katie Bouman, cientista da computação do MIT (o que engrandece ainda mais o papel das mulheres na ciência).
O buraco negro fotografado foi o da galáxia M87, um gigante com 40 bilhões de quilômetros de diâmetro e com uma massa de 6,5 bilhões de vezes a do sol. O feito ainda foi maior pela distância em que o corpo está da Terra: 500 milhões de trilhões de quilômetros.
O halo de luz que vemos não é emitido pelo buraco negro, mas sim do gás superaquecido que cai em sua direção.
As perspectivas a partir de agora são enormes, de modo que essa imagem possa ser usado em futuros estudos para se verificar o funcionamento desse tipo de corpo que está por aí pelo universo a fora.

FONTE:

terça-feira, 9 de abril de 2019

Frase (4)


“Aquele que não economiza irá agonizar”
(Confúcio)

Confúcio não poderia estar mais certo em uma frase que parece que foi proferida ontem.
Ela se aplica basicamente a qualquer recurso natural, seja água, ar, solo etc. Caso a sociedade não se aperceba sobre a importância do meio, poderá chegar o dia em que ela desaparecerá, assim como se especula que aconteceu com a antiga cidade de Ur, a primeira que se tem notícia.
Parece tão óbvio essas coisas, mas muitas pessoas precisam continuamente escutar o óbvio. Principalmente em tempos nos quais o meio ambiente tem sido tratado aquém do modo como deveria ser tratado e sem a importância devida.
Vivemos em uma época de obscurantismo, na qual várias informações nos são repassadas de maneira enviesada. São tantas teorias da conspiração espalhadas por aí, tantas Fake News, que não acharia estranho me rotularem como “da esquerda” por conta desse comentário.
Não existe aquecimento global, não existe combustível fóssil, as florestas (assim como toda a natureza) ficou pra ser explorada pelo homem – já que nos foi dado esse direito divino – de maneira quase predatória, sem se preocupar com as gerações futuras. Somente o presente é importante. Um presente em que apenas o crescimento econômico importa. Não se pensa nas consequências, apenas no que fazer para ter maior liberalismo econômico.
Infelizmente todos estamos no mesmo barco que é o mundo, todos agonizaremos se ele afundar.